sexta-feira, 9 de março de 2012

Comandos Básicos

A lista a seguir são comandos básicos para um melhor aproveitamento do seu Linux. Alguns parâmetros ou localizações irão variar de acordo com a sua distribuição. Estou passando linhas gerais sobre os comandos, para maiores detalhes consulte o comando man.
Estou escrevendo, a princípio sobre o Debian e Mandriva.

Farei da mesma forma que o autor do livro Usando Linux, Bill Ball, que colocou a lista dele em ordem alfabética com o objetivo de facilitar a consulta.

  • . - (ponto) Informa ao shell que o arquivo a seguir é um comando e deve ser executado. Também pode se referenciar ao diretório onde estou no momento.
ex.: #./etc/init.d/single start
  • .. - (ponto ponto) Navegará para o diretório imediatamente superior em sua árvore de diretórios.
ex.: #cd ..
  • & - (E Comercial) Envia para segundo plano a aplicação que está sendo chamada, libera o terminal para continuar trabalhando
ex.: #firefox &
  • adduser ou useradd - Adiciona um usuário ao servidor ou ao desktop
ex.: #adduser marcio -m -G financeiro
  • alias - É utilizado para dar um "apelido" a um comando ou a um diretório
ex.: #alias dir='ls $LS_OPTIONS --format=long'
  • apropos ou man -k - Pesquisará na documentação interna do Linux o parâmetro solicitado.
ex.: #apropos gnome
  • bg - passa um determinado processo para segundo plano, se você iniciou um programa sem a opção &, você fica com o terminal "preso" até que o processo seja encerrado, porém, você pode enviar este processo para segundo plano e liberar o terminal.
ex.: #bg 1234 (sendo 1234 o número do processo que será enviado para segundo plano)
  • cat - Faz com que o sistema verifique o conteúdo de um determinado arquivo e disponha-o na tela, se você utiliza-lo para mostrar um arquivo binário, executável, aparecerão diversos caractéres intelegíveis e certamente alguns sinais sonoros também.
ex.: #cat <diretório>/<nome do arquivo>
  • cd  - Change Directory - Vai para o diretório específico ou retorna para o diretório "home" do usuário. Se você direcionar para onde deseja ir, por exemplo #cd /etc/apt o comando retira você do diretório onde você se encontra e o coloca no diretório solicitado, no caso /etc/apt. Se você digitar apenas #cd, isto é, sem parâmetros, o comando te enviará de volta ao seu diretório home, se você digitar #cd .. então o comando te levará um nível acima na hierarquia de diretórios.
ex.: #cd /etc/samba
  • chgrp - Change Group - Muda o grupo que terá acesso a um arquivo ou diretório especificado. Se utilizada a opção -R (maiúsculo), o comando se tornará recursivo, valendo para todos os arquivos e/ou subdiretórios que atendam à especificação. Só o proprietário ou o root tem permissão de alterar esta propriedade.
ex.: #chgrp <nome do novo grupo> <nome do arquivo ou diretório>
  • chmod - Change Mode - Este comando é utilizado para alterar as permissões de um arquivo ou diretório. Se for utilizada a opção -R (maiúscula), o comando se tornará recursivo, valendo para todos os arquivos e/ou subdiretórios que atendam à especificação. Existem duas maneiras de você alterar as permissões, utilizando o código numérico ou o alfabeto. Existem três grupos de permissões a ser atribuídos, owner (proprietário), group (grupo) e others (outros), todos eles tem o mesmo número de parâmetros, r- Read (leitura), w- Write (gravação) e x- eXecute (executar), estas três opções podem ser alteradas com o sinal de + (mais) e - (menos). Por exemplo, para acrescentar as permissões de ler e executar ao proprietário e grupo do arquivo teste, você insere o seguinte comando : #chmod ug+rx teste, traduzindo, altere as permissões (chmod) do usuário e grupo (ug) acrescentando leitura e execução (+rx). Para remover estas mesmas permissões, use o comando da seguinte forma #chmod ug-rx. Usando o sistema numérico, você terá que se lembrar dos número em binário (vide tabela abaixo). Ao contrário do código alfabético, você deve sempre informar o valor absoluto da permissão, independente dos valores anteriores. Este sistema é composto de três conjuntos numéricos, que vão de zero a sete, onde zero remove qualquer permissão e sete atribui todas as permissões. Os três grupos se referem a owner, group e others, nesta sequência. Se eu der o comando #chmod 700 teste, estarei atribuindo todos os direitos ao dono (owner) e removendo qualquer direito do grupo e outros.
Valor
Binário
Valor
Decimal
Permissões
0000 - ZeroRemove todas as permissões
0011 - UmPermissão de execução
0102 - DoisPermissão de escrita
0113 - TrêsPermissão de escrita e execução
1004 - QuatroPermissão de leitura
1015 - CincoPermissão de leitura e execução
1106 - SeisPermissão de leitura e escrita
1117 - SetePermissão de leitura, escrita e execução
  • chown - Change Owner -Este comando é utilizado para modificar a identificação (ID) do proprietário de um arquivo ou diretório. Também é possível alterar a identificação do grupo através deste comando.
ex.: #chown marcio:almeida teste - modifica o owner do arquivo teste para marcio e o grupo para almeida.
  • chroot - Change Root Path - Este comando permite que o diretório raiz (/) seja modificado para uma outra árvore de diretórios. Por exemplo, quando trabalhamos com internet, estamos sujeitos a invasões, porém podemos prevenir eventuais destruições redirecionando o diretório raiz para um lugar inofensivo, por exemplo /home/HoneyPocket. podemos inclusive criar um sistema de diretórios parecido como raiz para que o invasor se sinta satisfeito com tal ação. quando o invasor entra no sistema ele verá que está no diretório raiz, porém está no diretório /home/HoneyPocket. Se ele chegar a destruir qualquer coisa, nada será perdido. Este comando também poderá modificar qualquer outro local do seu sistema de arquivos.
ex.: #chroot /etc/samba /home/HoneyPocket
  • cp - Copy - Este comando irá permitir que sejam feitas cópias de arquivos ou diretórios para outro local físico ou unidade de mídia.
ex.: #cp teste.sh /etc/init.d
  • dd  - Este comando irá converter o formato de um arquivo. Por exemplo, para copiar uma imagem partida para um disco, imaginando-se que dispositivo seja /dev/fd0, usa-se o seguinte comando :
ex.: #dd if=<nome de arquivo> of- /dev/fd0 obs=18k
  • env - Enviroment - Este comando é utilizado para consultar as variáveis de ambiente exportadas. O resultado deste comando será uma lista com duas colunas onde a coluna da esquerda é o nome da variável e a da direita é o valor a ela atribuído.
  • fc - Este comando é utilizado para editar o arquivo de histórico. É possível passar parâmetros especificando a faixa de comandos a partir do histórico. Esta lista então é inserida em um shell de edição.
  • fg - Fore Ground - Os processos que estão em segundo plano poderão ser "puxados" de volta para o terminal. Isto é muito útil quando você tem algum processo aguardando intervenção de usuário, ou você deseja acompanhar o desenrrolar do processo.
  • file - Este comando ira testar os arrquivos que são passados por parâmetro e determinar o tipo de arquivo a que ele se refere. No linux a extensão do arquivo não é tão importante, mesmo que seja mais fácil de identificar, ele utiliza uma série de informações para tratar este arquivo e o comando file irá mostrar qual é o tipo de arquivo em questão.
  • find - Pesquisa - Você poderá utilizar este comando para localiza um ou vários aquivos em todo o sistema de diretórios ou a partir de um ponto da árvore de diretórios.
ex.: #find / -name *conf - Irá procurar todos os arquivos de configuração a partir do diretório raiz
  • grep - Global Regular Expression Parse - Procura no objeto especificado o texto que você especificou. A sintaxe do comando é : #grep <texto> <arquivo>. Também pode ser utilizado no resultado de uma pesquisa ou no retorno de outro comando.
ex.: # ps -ef | grep http
  • gzip - Software de compactação. É bastante simples de utilizar porem temos que tomar alguns cuidados. Quando executamos #gzip teste, ele irá gerar um arquivo teste.zip, porém o original será removido.
  • halt - Este é um comando que só poderá ser executado pelo root. Ele envia um sinal ao kernel do Linux para que ele efetue o desligamento do computador.
  • hostname - Nome do Computador - Este comando irá permitir ao usuário se localizar informando o nome do computador ou da rede, é muito útil quando abrimos várias janelas conectando-nos a vários servidores.
  • kill - Matar -Envia um sinal para o kernel do linux referenciando-se a um processo específico. O sinal TERM será enviado se nenhum outro parâmetro for especificado. Caso o processo não "compreenda" o sinal TERM este será interrompido. Aos que "compreendem" o sinal, pode ser que se torne necessário o comando kill por que ele não pode ser processado. A sintaxe deste comando é #kill <opção> <pid>, sendo que <pid> significa Process ID, ou seja, número identificador de processos.
ex.: #kill -15 1234
  • less - Comando abre um arquivo para leitura e permite, ao ler um documento, a movimentação para trás e para frente. A vantagem é que ele não precisa ler (carregar em memória) o arquivo inteiro antes de iniciar, quando o arquivo é bastante grande e queremos consultar apenas uma parte dele, é uma das maneiras mais rápidas de faze-lo.
  • login - É utilizado quando precisamos entrar no sistema Linux, também pode ser utilizado para trocar de usuário a qualquer momento.
  • logout - É utilizado para desconectar-se do sistema com o usuário atual, se você está conectado apenas com este usuário, ele sai do sistema, caso contrário, volta ao anterior.
  • lpc - Line Printer Control - É utilizado pelo administrador para controlar a operação do sistema de impressão de linha. Usado para ativar ou desativar uma impressora ou fila de impressão, verificar o status das impressoras, das filas de impressão ou dos daemons (Disk And Executation MONitor - Monitor de Execução e de Disco) de impressão. Este comando é válido para qualquer impressora configurada no /etc/printcap.
  • lpd - É o daemon (Disk And Executation MONitor - Monitor de Execução e de Disco) de impressora de linha e normalmente é ativado durante a iniciação do serviço a partir do arquivo rc. Ele verifica o arquivo /etc/printcap para descobrir sobre as impressoras existentes e imprime qualquer arquivo deixado após uma falha. Após esta verificação, ele usa as chamadas do sistema listen e accept, para receber solicitações de impressão na fila de arquivos, transferir arquivos para a área de spool, exibir a fila ou remover serviços da fila.
  • lpq - Line Printer Queue - Examina a área de spool usada pelo lpd para imprimir arquivos na impressora relacionada e relata o status dos serviços especificados ou todos os serviços associados a um usuário. Se o comando é ativado, sem qualquer argumento, ele relata sobre qualquer serviço atualmente na fila de impressão.
  • lpr - Line Printer - Este comando usa um daemon (Disk And Executation MONitor - Monitor de Execução e de Disco) de spool para imprimir os arquivos nomeados quando os recursos ficarem disponíveis. Se nenhum nome aparece, utiliza-se a enrtada padrão.
ex.: #lpr /etc/hosts
  • ls - Mostra o conteúdo de um diretório. A forma de saída é controlada pelas suas opções. O comando ls sem opções irá mostrar os itens de um diretório que não se encontram ocultos, em ordem alfabética, usando tantas colunas quantas couber na janela.
ex.: #ls -lia
  • make - Este comando determina automaticamente quais as peças de um grande programa que precisam ser recompiladas para produzir o produto final.
  • man - Manual - Este comando é utilizado para formatar e exibir as documentações online. Estas documentações são textos que descrevem, em detalhes, como utilizar o comando especificado, quais os parâmetros e suas atribuições.
ex.: #man chmod
  • mesg - Este utilitário é executado por um usuário para controlar o acesso de gravação que outros tem ao dispositivo de terminal associado a uma saída de erro padrão. Se o acesso de gravação é permitido, programas tais como talke write tem permissão para exibir mensagens no terminal. Este acesso a gravação é default.
  • mkdir - Make Directory - Comando utilizado para criar diretórios.
  • mkefs - Este comando é utilizado para criar um sistema de arquivos estendido (partição) . Este comando não formata o novo sistema de arquivos, apenas deixa-o disponível para uso.
  • mkfs - É utilizado para construir um sistema de arquivos no Linux, geralmente uma partição de disco rígido.
  • mkswap - Define uma área de troca do Linux em um dispositivo, geralmente uma partição de disco.
  • more - É um filtro para paginar um texto, uma tela por vez. Este comando é muito útil, porém só pagina para frente, ao contrário do less que permite navegação.
  • mount - Anexa o sistema de arquivos especificado por specialfile, o qual frequentemente é um nome de dispositivo, no diretório especificado como o parâmetro. Somente o root pode montar arquivos. Se o comando mount é executado sem parâmetros, ele lista todos os sistemas de arquivos atualmente montados. 
  • mv - Move - é utilizado para mover um objeto ou um grupo de objetos para outro local. Se são passados dois nomes de arquivos, o primeiro irá sobrepor o segundo. Se o último parâmetro for um diretório, ele irá transferir todos os arquivos da lista para este diretório.
  • netstat - Este comando exibe o status das conexões de rede nos slots TCP, UDP, RAW ou UNIX para o sistema. A opção -r é usada para obter informações sobre a tabela de roteamento.
  • passwd - Este comando é utilizado para trocar a senha de um usuário. O usuário comum não utiliza parâmetros e pede automaticamente uma nova senha que deve ser digitada duas vezes. Para o superusuário, pode ser passado o nome do usuário que deseja trocar a senha.
  • ps - Fornece um instantâneo dos processos atuais sendo executados no Linux.
  • pwd - Este comando permite ao usuário identificar qual o diretório atual.
  • rm - Remove um ou mais arquivos do sistema de diretórios, caso seja utilizada a opção -R, então este comando torna-se recursivo e atingirá toda a árvore de diretórios iniciando-se pelo diretório corrente.
  • rmdir - Demove diretório e seu conteúdo, caso haja subdiretórios estes também serão removidos.
  • set - É utilizado para atribuir temporariamente valores à variáveis de ambiente, para que estes valores sejam definitivos, deve-se colocá-lo no arquivo de iniciação do Linux ou do usuário.
  • shutdown - Comando utilizado para desligar ou reiniciar o sistema Linux.
  • su - Super User - A partir deste comando o super usuário é "chamado" para ser utilizado em funções específicas. Também pode-se chamar outro usuário passando-se por parâmetro o nome deste outro usuário. Uma senha será requerida em ambos os casos.
  • swapoff - É utilizado para interromper a troca para um arquivo ou dispositivo de bloco.
  • swapon - Define a área de troca para o arquivo ou dispositivo de bloco por caminho. Este comando interrompe a troca para o arquivo. É normalmente utilizado durante a iniciação do sistema.
  • tail - Exibe para a saída padrão as últimas dez linhas de um dado arquivo. Se nenhum parâmetro é passado, ele lê a partir da entrada padrão. Se forem passados mais arquivos, ele colocará marcadores indicando o início de cada arquivo listado.
  • talk - É utilizado para obter uma conversa virtual entre usuários através do terminal.
  • tar - É utilizado para agregar arquivos em um único pacote (.tar), também é utilizado para extrair arquivos desse pacote. Para que haja compactação é necessário usar um dos parâmetros específicos para este fim.
  • umount - É o contrário do mount, ele servirá para desmontar as ligações a sistemas de arquivos.
  • unalias- Desfaz o comando alias, os "apelidos" criados podem ser facilmente desfeitos por esta opção.
  • unzip - Serve para descompactar arquivos , também pode listar e testar o conteúdo de um arquivo compactado.
  • wall - Exibe o conteúdo da entrada padrão em todos os terminais de todos os usuários logados no momento. O conteúdo dos arquivos também poderá ser exibido. O root tem a opção de gravar nos terminais daqueles que escolheram a negação de mensagens ou que estão utilizando um programa que automaticamente nega mensagens.
  • who - Exibe o nome de login, tipo de terminal, tempo de acesso e nome do host remoto de cada usuário atualmente conectado.
  • xhost + - Este comando permite que o xterms seja exibido em um sistema. Provavelmente a razão mais comum pela qual um terminal remoto não pode ser aberto é por que este comando não foi executado. Para desativar esta funcionalidade, usamos o xhost -
  • xmkmf - É utilizado para criar imakefailes para fontes X. Ele, na verdade, executa o comando imake com um conjunto de argumentos pré definidos.
  • xset - Define algumas das opções em uma sessão X Window. Você pode usar esta opção para definir o seu aviso sonoro, a velocidade do seu mouse e muitos outros.
  • zip - Lista, testa ou acrescenta arquivos em um arquivo compactado. O padrão é acrescentar arquivos em um arquivo compactado.

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